sexta-feira, 1 de abril de 2016

NOVO HAMBURGO – UMA CIDADE TERCEIRIZADA




Impressionante como virou hábito a terceirização de serviços públicos na cidade de Novo Hamburgo.

Impressionante e danoso.

Se terceiriza quase tudo: o transporte coletivo, a coleta de lixo, e dezenas outros serviços e obras que são, todos eles, obrigação exclusiva do Município.

Até a educação foi terceirizada.

Mas a Prefeitura prefere continuar pagando as empresas que exploram esses serviços terceirizados, onerando ainda mais os contribuintes.

Exatamente: se terceiriza quase tudo, menos o pagamento dos impostos, que continua sendo obrigação exclusiva dos cidadãos.

A simples economia nessas terceirizações poderia permitir, por exemplo, revitalização de praças e parques, ou, ainda, programas voltados para o atendimento das demais necessidades da população.

E mais. Possibilitaria a instalação de seis Sub-Prefeituras, nas principais regiões do Município.

Com eleição de Sub-Prefeitos pelos próprios moradores de cada uma dessas regiões.

Dotando cada Sub-Prefeitura de Centrais de Atendimento dos seus moradores, descentralizando com isso todos os serviços que hoje são realizados somente na sede da Prefeitura.  

O que facilitaria o atendimento de requerimentos, pedidos de providências ou de obras e serviços, deferimento de incentivos ou benefícios fiscais, etc., reduzindo burocracia e desperdícios, e diminuindo o encargo tributário individual de cada contribuinte, em troca do aumento da receita geral.

Mas faltam incentivos econômicos e sociais, e a cidade padece com a falta de mais obras viárias, ou com a inexistência de instalações voltadas para a melhoria da mobilidade urbana, por exemplo.

Vivemos momentos de insegurança pública, reféns da criminalidade que cresce dia a dia.

As pessoas não podem ficar doentes porque a saúde pública está longe de atender as nossas necessidades mínimas.

Na educação faltam incentivos e resultados.

E tantas outras deficiências mais, que bem poderiam ser enfrentadas pela Prefeitura, que prefere atuar como se fosse uma simples gerente dos programas federais.

Mas pelo jeito falta coragem política na Administração municipal.

O cavalo vai passar encilhado novamente e a população vai continuar na sua sina – pagando impostos de tudo quanto é lado e sem ter qualquer benefício, mesmo quando o cidadão cumpre a sua parte.

Quem perde é a cidade e, principalmente, a própria sociedade, que assiste indefesa a Prefeitura tratar com tamanho descaso questão tão importante para todos nós como é reduzir custos e custeios e converter essas vantagens em benefícios econômicos e sociais para toda a cidade.

Pensem nisso nas eleições de outubro/2016.

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