segunda-feira, 4 de abril de 2016

NADA PARA COMEMORAR. O ÚLTIMO A SAIR, APAGUE A LUZ !


Neste 5 de abril Novo Hamburgo completa 89 anos de emancipação política. Ainda somos uma cidade muito jovem.

Mas temos pouco a festejar.

Nesses últimos anos, sob o manto do alinhamento das estrelas, Novo Hamburgo do PT se converteu em uma simples filial da Brasília do PT.

Se vêm dinheiro de Brasília, obras e programas prometidos acontecem.

Mas, quando não há mais dinheiro na matriz, a filial abandona obras, programas, promessas, e, com isso, abandona nossos anseios, nossas expectativas.

Nos abandonam à própria sorte.

O tal alinhamento esfarelou, as estrelas estão sendo apagadas, tudo não passou de ilusão, e, mais grave, de verdadeira falácia.

São muitas inaugurações de placas, mas obras efetivamente concluídas, poucas – nem o tal “orçamento participativo” é cumprido.

A nossa Saúde Pública está calamitosa – faltam médicos em número suficiente, consultas são limitadas por números fichas, exames especializados deixam de ser realizados, horários de atendimento restritos como se doença tivesse horário ou não ocorressem em feriados e fins-de-semana.

Isso só para ilustrar algumas das mazelas que comprometem a Saúde Pública em Novo Hamburgo. 

E tem ainda a falta de repasses do Estado, que anda mais atrapalhado que “cusco em dia de procissão”, e do próprio Governo Federal, que nos últimos tempos está mais perdido que “gato em dia de faxina”, embora tenha a responsabilidade de repassar cerca de 95% para o custeio do SUS.

A nossa Educação Pública está caindo pelas tabelas, deixamos há muito de ser referência, e hoje – de pasmar – nossos professores e seus direitos seguem sendo desrespeitados, e o que é pior, ignorados.

Muitas das nossas escolas necessitam de reformas, reparos e até verdadeira restauração – aliás, algumas delas sequer poderiam ser liberadas pelo Corpo de Bombeiros.

Mas a prefeitura assegura que gasta os 25% exigidos pela lei em educação – pelo jeito como gasta, gasta muito e gasta muito mal.

Na Segurança Pública então, Novo Hamburgo frequenta um dos piores índices de criminalidade, com roubos, assaltos, furtos, e outros crimes de dar inveja à outras grandes cidades.

Temos aqui um inusitado sistema prisional – o “sempre aberto”.

Enquanto a Brigada Militar, a Polícia Civil, e até mesmo a Guarda Municipal atuam com evidente superação das suas dificuldades e limitações, decorrentes principalmente da falência governamental – estadual e federal – a Prefeitura age como se aqui, em Novo Hamburgo, não houvessem necessidades que o próprio Município poderia suprir.

Mas afinal, não importa de quem é a responsabilidade para isso ou aquilo, o que importa é que a população de Novo Hamburgo é quem sofre com a escalada do crime.

Mas nossas mazelas vão além do tripé acima – a cidade sofre com uma urbanização podre, abandonada, e muito mal enfrentada.

Faltam ações de conservação e manutenção em vias públicas, em passeios públicos, e em parques e praças.

A cidade ganhou um novo apelido – deixamos de ser a “Capital do Calçado” para ser a “Capital dos Buracos”.

E outras deficiências mais deixaram de ser enfrentadas pela Prefeitura, e a cidade se encontra, hoje, em verdadeiro declínio em saneamento, em mobilidade urbana, e, no que é essencial para qualquer cidade que quiser crescer – desenvolvimento econômico.

Na realidade, falta coragem, falta capacidade de ousar e inovar, e tudo aquilo que recomendamos ao setor produtivo, a própria Prefeitura deixa de realizar.

Perdemos musculatura econômica, perdemos nossa histórica capacidade de superar dificuldades e manter nosso antes pujante parque industrial, comercial e de serviços.

Passamos a ser conhecida no anedotário com a “Cidade da Lá Tinha”.

O tal alinhamento das estrelas, ao fim e ao cabo, esfarelou-se e transformou Novo Hamburgo numa pobre filial de uma matriz enfraquecida, e o que pior, enlameada por supostas falcatruas e descaminhos.

E apesar da Prefeitura propagandear que vivemos “Novas Conquistas” e “Nova Cidade”, me permito afirmar que, isso, só com um “Novo Prefeito”.

Pensem nisso nas eleições de outubro de 2016 !


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