Neste 5 de abril
Novo Hamburgo completa 89 anos de emancipação política. Ainda somos uma cidade
muito jovem.
Mas temos pouco a
festejar.
Nesses últimos
anos, sob o manto do alinhamento das estrelas, Novo Hamburgo do PT se converteu
em uma simples filial da Brasília do PT.
Se vêm dinheiro
de Brasília, obras e programas prometidos acontecem.
Mas, quando não
há mais dinheiro na matriz, a filial abandona obras, programas, promessas, e,
com isso, abandona nossos anseios, nossas expectativas.
Nos abandonam à
própria sorte.
O tal alinhamento
esfarelou, as estrelas estão sendo apagadas, tudo não passou de ilusão, e, mais
grave, de verdadeira falácia.
São muitas
inaugurações de placas, mas obras efetivamente concluídas, poucas – nem o tal “orçamento
participativo” é cumprido.
A nossa Saúde
Pública está calamitosa – faltam médicos em número suficiente, consultas são
limitadas por números fichas, exames especializados deixam de ser realizados,
horários de atendimento restritos como se doença tivesse horário ou não
ocorressem em feriados e fins-de-semana.
Isso só para
ilustrar algumas das mazelas que comprometem a Saúde Pública em Novo
Hamburgo.
E tem ainda a
falta de repasses do Estado, que anda mais atrapalhado que “cusco em dia de
procissão”, e do próprio Governo Federal, que nos últimos tempos está mais
perdido que “gato em dia de faxina”, embora tenha a responsabilidade de
repassar cerca de 95% para o custeio do SUS.
A nossa Educação
Pública está caindo pelas tabelas, deixamos há muito de ser referência, e hoje
– de pasmar – nossos professores e seus direitos seguem sendo desrespeitados, e
o que é pior, ignorados.
Muitas das nossas
escolas necessitam de reformas, reparos e até verdadeira restauração – aliás,
algumas delas sequer poderiam ser liberadas pelo Corpo de Bombeiros.
Mas a prefeitura
assegura que gasta os 25% exigidos pela lei em educação – pelo jeito como gasta,
gasta muito e gasta muito mal.
Na Segurança
Pública então, Novo Hamburgo frequenta um dos piores índices de criminalidade,
com roubos, assaltos, furtos, e outros crimes de dar inveja à outras grandes
cidades.
Temos
aqui um inusitado sistema prisional – o “sempre aberto”.
Enquanto a
Brigada Militar, a Polícia Civil, e até mesmo a Guarda Municipal atuam com
evidente superação das suas dificuldades e limitações, decorrentes
principalmente da falência governamental – estadual e federal – a Prefeitura
age como se aqui, em Novo Hamburgo, não houvessem necessidades que o próprio
Município poderia suprir.
Mas afinal, não
importa de quem é a responsabilidade para isso ou aquilo, o que importa é que a
população de Novo Hamburgo é quem sofre com a escalada do crime.
Mas nossas
mazelas vão além do tripé acima – a cidade sofre com uma urbanização podre,
abandonada, e muito mal enfrentada.
Faltam ações de
conservação e manutenção em vias públicas, em passeios públicos, e em parques e
praças.
A cidade ganhou um
novo apelido – deixamos de ser a “Capital do Calçado” para ser a “Capital dos
Buracos”.
E outras
deficiências mais deixaram de ser enfrentadas pela Prefeitura, e a cidade se
encontra, hoje, em verdadeiro declínio em saneamento, em mobilidade urbana, e,
no que é essencial para qualquer cidade que quiser crescer – desenvolvimento
econômico.
Na realidade,
falta coragem, falta capacidade de ousar e inovar, e tudo aquilo que
recomendamos ao setor produtivo, a própria Prefeitura deixa de realizar.
Perdemos
musculatura econômica, perdemos nossa histórica capacidade de superar
dificuldades e manter nosso antes pujante parque industrial, comercial e de
serviços.
Passamos a ser
conhecida no anedotário com a “Cidade da Lá Tinha”.
O tal alinhamento
das estrelas, ao fim e ao cabo, esfarelou-se e transformou Novo Hamburgo numa
pobre filial de uma matriz enfraquecida, e o que pior, enlameada por supostas
falcatruas e descaminhos.
E apesar da
Prefeitura propagandear que vivemos “Novas Conquistas” e “Nova Cidade”, me
permito afirmar que, isso, só com um “Novo Prefeito”.
Pensem nisso nas eleições de outubro de 2016 !
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