Enquanto a Prefeitura não investir mais e melhor na nossa
segurança coletiva, vamos todos continuar reféns do crime.
Pouco interessa o debate sobre quem é o responsável pela
segurança pública – União, Estado ou Município.
O que interessa, verdadeiramente, é, sim, a segurança e o
bem-estar da nossa população, da nossa cidade, da nossa coletividade.
Se a União ou o Estado estão sendo ineficientes no
atendimento dessa necessidade fundamental de toda a sociedade, cumpre à
Prefeitura buscar meios e instrumentos para suprí-la, porque, ao fim e ao cabo,
a vítima acaba sendo o cidadão.
O efetivo da Guarda Municipal deveria ser duplicado, assim
como as respectivas viaturas e armamento.
O Consepro, ou outra entidade civil similar, deveria ser
reativado, permitindo que tal organização social pudesse atender as
necessidades da Polícia Civil e da Brigada Militar – manutenção de viaturas,
abastecimento, armamento e equipamentos de proteção individual, veículos
discretos, etc., inclusive assistentes para funções administrativas, liberando
policiais e brigadianos para suas atividades externas.
As redes de câmaras de vigilância – pública com integração e
compartilhamento com sistemas privados – deveria ser ampliada e monitorada
através de centrais da Polícia, da Brigada e da Guarda.
E, principalmente valorizando todos aqueles que, mesmo com
imensas dificuldades, conseguem, pela superação individual, socorrer a
população vitimada.
Mas, lamentavelmente, e só para exemplificar, a Prefeitura
prefere contratar duas agências de publicidade, por mais de R$ 6 milhões e
trezentos mil anuais, para fazerem propaganda da própria Prefeitura em jornais
e rádios, por exemplo.
Ora, acaso a Prefeitura fosse minimamente eficiente nos
serviços públicos que tem a obrigação de prestar em prol da coletividade,
sequer necessitaria de propaganda, porque, então, a qualidade nos próprios serviços
representaria a publicidade de uma gestão que fosse verdadeiramente voltada
para o interesse público.
Com certeza essa montanha de dinheiro teria muito melhor
aplicação acaso fosse destinado, dentre outras tantas e urgentes necessidades,
à melhoria da nossa segurança coletiva.
É triste, portanto, porque enquanto a Prefeitura administrar
de costas para a sociedade, vamos todos continuar reféns da criminalidade
impune.
Pensem nisso !
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