Transparência
na gestão pública é fundamental para combater a corrupção e a impunidade de corruptos e corruptores.
Entretanto,
apesar do discurso do Governo Federal de que já combate e combaterá todos os “malfeitos”,
na prática o que acontece é exatamente o contrário.
Tanto
é que, ao sancionar a Lei nº 13.080/2015, que “Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e
execução da Lei Orçamentária de 2015 e dá outras providências.”, a
Presidência da República vetou
precisamente emenda parlamentar que obrigava ao Governo Federal e aos bancos
estatais “publicar bimestralmente, na internet, demonstrativo que discrimine
os financiamentos a partir de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) concedidos
aos estados, Distrito Federal, municípios e governos estrangeiros, informando
ente beneficiário e a execução física e financeira;”.
E, para pasmo nosso, alegou, nas razões para esse
veto, que “As agências financeiras
oficiais de fomento não dispõem de informações detalhadas sobre a execução
física dos projetos financiados aos Estados, Distrito Federal, Municípios e
governos estrangeiros, informações essas que são de domínio apenas dos tomadores
do crédito. O Poder Executivo envidará os esforços necessários para a obtenção
dessas informações.”
Traduzindo, o Governo Federal distribui empréstimos
a rodo, inclusive para países estrangeiros de nomeada autoritária ou
fundamentalista, e sequer dispõe de informações detalhadas sobre a execução física
dos projetos financiados.
E mesmo sabendo quem são os beneficiários e os
valores financiados - supostamente de bilhões e bilhões de reais - , nem isso quer
tornar transparente, recusando-se a divulgar mesmo estas informações
elementares.
Ou seja, diz uma coisa mas pratica outra, que
contraria o discurso e mantém a gestão pública nas sombras, o que só pode
interessar aos “malfeitores” internos e externos.
Nas eleições de 2018, pensem nisso !
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