Com certeza a força do temporal do dia 31 de janeiro foi
incomum, embora anunciado com antecedência pelos institutos de meteorologia e os
meios de comunicação.
Mas a omissão de alguns serviços públicos contribuiu
sobremaneira para os resultados desastrosos que deixaram milhares de pessoas e
empresas sem energia elétrica em cidades do Vale dos Sinos.
A uma, o abandono da cidade de Novo Hamburgo quanto aos
serviços de poda de árvores, que, caindo sobre a rede de distribuição de
energia elétrica, ocasionaram rompimento de fios e quedas de postes.
A duas, a existência de milhares de postes de madeira - só
em Novo Hamburgo são mais de 6 mil postes - em sua maioria com suas bases
apodrecidas e por isso fragilizados, que não resistem a quaisquer ventanias e
tombam nas vias públicas e até sobre veículos e residências.
A três, a escandalosa morosidade da prefeitura e da
concessionária de energia elétrica em restabelecer a normalidade do dia a dia, na
remoção de árvores caídas e do entulho que sobrou nas vias públicas, e no fornecimento
de energia elétrica.
E se o poder público e as concessionárias desses serviços
públicos se mostram omissos, principalmente em ações preventivas, cabe à
sociedade civil deles cobrar maior eficiência e atuação, porque, afinal, quem
sofre as conseqüências dessa conduta omissiva é o cidadão, que padece com a
falta de luz em casas e empresas, por vários e vários dias.
Através do Ministério Público Estadual em Novo Hamburgo, que
por suas Promotorias (Meio Ambiente e Ordem Urbanística), poderiam exigir da
Prefeitura uma rápida resposta na poda ecológica de árvores situadas sob a
redes de distribuição de energia elétrica, inclusive substituindo espécimes de
grande porte - a sua maioria doentes e ocos - por outros de menor porte, assim atuando preventivamente, pois novos temporais acontecerão, com certeza, ocasionando,
novamente, falta de luz por várias e várias horas, e até dias.
E através do Ministério Público Federal em Novo Hamburgo, que
poderia exigir da concessionária de distribuição de energia elétrica local uma
rápida resposta na substituição desses mais de 6 mil postes de madeira por
outros de concreto ou similar, mais resistentes à ação dos ventos, atuando assim preventivamente,
pois novos temporais acontecerão, com certeza, ocasionando, novamente, falta de
luz por várias e várias horas, ou até dias.
Essas providências preventivas, nestes serviços públicos específicos,
são essenciais para todos os cidadãos e para a própria sociedade, que por eles paga,
regiamente, através de impostos, taxas e tarifas, e deles espera um mínimo de
reciprocidade e de efetividade.
E não adiantam desculpas pela surpresa do temporal ou sua
incomum força, pois, embora não se saiba o dia e a intensidade das próximas
tempestades, com certeza elas acontecerão, pois são fenômenos naturais
previsíveis e ocorrem desde que o mundo é mundo.
Ademais que, com suas modernas tecnologias, inclusive
serviços de satélites, os institutos de meteorologia têm antecipado previsões
fidedignas para as condições climáticas e meteorológicas, possibilitando
alertas e providências preventivas.
Mas, enquanto os poderes públicos e concessionários de
serviços públicos se mantiverem omissos, só reagindo quando os desastres já
aconteceram, o cidadão continuará refém dessa omissão, ou seja, a sociedade que
se lixe !
3 comentários:
Ótima iniciativa fazer um blog.
Precisamos de uma oposição
Grande Ruy
Espero que a tua experiencia, no meio publico, te faça um politico diferente como penso que és.Já me pus a disposição do Cleber para apoiar a tua candidatura.
Abs
Jorge Giacomo
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