quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O CIDADÃO REFÉM - PARTE I

Com certeza a força do temporal do dia 31 de janeiro foi incomum, embora anunciado com antecedência pelos institutos de meteorologia e os meios de comunicação.

Mas a omissão de alguns serviços públicos contribuiu sobremaneira para os resultados desastrosos que deixaram milhares de pessoas e empresas sem energia elétrica em cidades do Vale dos Sinos.

A uma, o abandono da cidade de Novo Hamburgo quanto aos serviços de poda de árvores, que, caindo sobre a rede de distribuição de energia elétrica, ocasionaram rompimento de fios e quedas de postes.

A duas, a existência de milhares de postes de madeira - só em Novo Hamburgo são mais de 6 mil postes - em sua maioria com suas bases apodrecidas e por isso fragilizados, que não resistem a quaisquer ventanias e tombam nas vias públicas e até sobre veículos e residências.

A três, a escandalosa morosidade da prefeitura e da concessionária de energia elétrica em restabelecer a normalidade do dia a dia, na remoção de árvores caídas e do entulho que sobrou nas vias públicas, e no fornecimento de energia elétrica.

E se o poder público e as concessionárias desses serviços públicos se mostram omissos, principalmente em ações preventivas, cabe à sociedade civil deles cobrar maior eficiência e atuação, porque, afinal, quem sofre as conseqüências dessa conduta omissiva é o cidadão, que padece com a falta de luz em casas e empresas, por vários e vários dias.

Através do Ministério Público Estadual em Novo Hamburgo, que por suas Promotorias (Meio Ambiente e Ordem Urbanística), poderiam exigir da Prefeitura uma rápida resposta na poda ecológica de árvores situadas sob a redes de distribuição de energia elétrica, inclusive substituindo espécimes de grande porte - a sua maioria doentes e ocos - por outros de menor porte, assim atuando preventivamente, pois novos temporais acontecerão, com certeza, ocasionando, novamente, falta de luz por várias e várias horas, e até dias.

E através do Ministério Público Federal em Novo Hamburgo, que poderia exigir da concessionária de distribuição de energia elétrica local uma rápida resposta na substituição desses mais de 6 mil postes de madeira por outros de concreto ou similar, mais resistentes à ação dos ventos, atuando assim preventivamente, pois novos temporais acontecerão, com certeza, ocasionando, novamente, falta de luz por várias e várias horas, ou até dias.

Essas providências preventivas, nestes serviços públicos específicos, são essenciais para todos os cidadãos e para a própria sociedade, que por eles paga, regiamente, através de impostos, taxas e tarifas, e deles espera um mínimo de reciprocidade e de efetividade.

E não adiantam desculpas pela surpresa do temporal ou sua incomum força, pois, embora não se saiba o dia e a intensidade das próximas tempestades, com certeza elas acontecerão, pois são fenômenos naturais previsíveis e ocorrem desde que o mundo é mundo.

Ademais que, com suas modernas tecnologias, inclusive serviços de satélites, os institutos de meteorologia têm antecipado previsões fidedignas para as condições climáticas e meteorológicas, possibilitando alertas e providências preventivas.


Mas, enquanto os poderes públicos e concessionários de serviços públicos se mantiverem omissos, só reagindo quando os desastres já aconteceram, o cidadão continuará refém dessa omissão, ou seja, a sociedade que se lixe !

3 comentários:

Dione Poisl (Noni) disse...

Ótima iniciativa fazer um blog.
Precisamos de uma oposição

Gaspar 1952 disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Nos dedos disse...

Grande Ruy

Espero que a tua experiencia, no meio publico, te faça um politico diferente como penso que és.Já me pus a disposição do Cleber para apoiar a tua candidatura.
Abs
Jorge Giacomo